terça-feira, 23 de julho de 2013

Living to live, or live and be happy.



  
                            Escolha menos, viva mais.  



Cada dia é a repetição inconsciente do anterior: a gente come uma coisa diferente, a gente dorme melhor, ou pior, transa com uma outra pessoa, vamos a um lugar diferente quando saímos. Mas é igual, sem objetivo, sem interesse. Nós continuamos e nos determinamos objetivos materiais. Poder, dinheiro ou viagens. A gente perde a cabeça tentando realizá-los, mas, ou a gente nunca consegue alcança-los, e fica frustrada para o resto da vida, ou, quando consegue, percebe que não dá a mínima. A gente tem medo.
 Medo do desconhecido, do pior. Então, querendo ou não, a gente fica sempre esperando alguma coisa. Do contrário, já teríamos apertado o gatilho, engolido a caixa de comprimidos, pressionado a lâmina da navalha até o sangue jorrar… A gente tenta se distrair, fazer a farra, a gente procura o amor, acha que o encontrou, e depois vem a recaída. De muito alto... A gente tenta brincar com a vida para fingir que a domina.
 A gente anda rápido demais, andamos à beira do abismo. Cheiramos pó em demasia, beirando a overdose e isso assusta os nossos pais, tem uns que tentam fazer alguma coisa a respeito, outros desistem. Os limites se perdem. A gente é uma espécie de elétron sem núcleo.
 Temos um cartão de crédito no lugar do cérebro, um aspirador no lugar do nariz, e nada no lugar do coração, vamos às boates muito mais do que às aulas, temos duzentos números de telefone nos nossos caderninhos para os quais nunca ligamos. Nós somos ''A Jeunesse dorée''. 
E a gente não tem o direito de se queixar, porque aparentemente temos de tudo para sermos felizes. E a gente morre lentamente nos nossos apartamentos grandes demais.



                                                             Beijux da Xica!

Nenhum comentário:

Postar um comentário